Perguntas Frequentes
1) O que é a Psicoterapia?
O termo psicoterapia vem do grego psykhē - psique, alma, mente, e therapeuein - cuidar, curar.
A primeira referência refere-se às intervenções psicológicas que procuram melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento dos seus padrões emocionais e relacionais.
A psicoterapia é uma forma de intervenção terapêutica altamente eficaz enquadrada no âmbito da psicologia clínica que visa proporcionar ao sujeito um melhor entendimento do seu funcionamento mental e a resolução dos seus conflitos internos.
A Psicoterapia baseia-se no princípio de que experiências dolorosas e difíceis do passado podem afetar o modo como nos comportamos e nos relacionamos no presente. Explora a clarificação e compreensão dos vínculos entre o passado e presente no aqui e agora da sessão terapêutica. Trata-se de um processo gradual no qual o paciente é convidado a explorar com o terapeuta, num ambiente seguro e confidencial, uma série de sentimentos, pensamentos e fantasias de forma a compreender as causas do seu sofrimento mental. Visa a mudança profunda e duradoira da personalidade do sujeito bem como da qualidade das sua relações interpessoais.
2) Como é que a Psicoterapia pode ajudar?
Muitas vezes a psicoterapia é o último recurso num longo percurso de tentativas infrutíferas no sentido de nos livrarmos de problemas persistentes ao longo da vida ou durante um longo período de tempo. Problemas esses que muitas vezes interferem significativamente com a nossa qualidade de vida.
A psicoterapia é atualmente um tratamento eficaz para uma série de transtornos psicológicos, quer como um tratamento de direito próprio quer como terapia coadjuvante a outras formas de tratamento, como por exemplo as terapêuticas medicamentosas.
3) Áreas de actuação da Psicoterapia:
A Psicoterapia pode contribuir significativamente para a saúde física e mental dos pacientes, para uma sensação de bem-estar e para a gestão mais eficaz das suas vidas.
Por vezes as pessoas procuram ajuda por razões específicas, tais como transtornos alimentares, condições psico-somáticas, comportamentos obsessivos, ou um determinado tipo fobia. Em outras ocasiões, devido a um sentimento geral de depressão ou ansiedade, dificuldades de concentração, insatisfação com trabalho ou incapacidade de estabelecer relacionamentos satisfatórios.
A psicoterapia foca todas as expressões de sofrimento ou confusão emocional e mental. De um modo geral a psicoterapia visa o alívio do sofrimento enraizado na psicologia pessoal.
• Problemas ao nível da relação da própria pessoa consigo mesma;
• Problemas ao nível das relações amorosas, familiares, profissionais ou outras;
• Problemas psicológicos associados com lutos, depressão e ansiedade;
• Problemas de expressão comportamental e somática.
Para além do alívio do sofrimento e sintomas, a psicoterapia é também um processo de desenvolvimento pessoal que abrange um vasto leque de capacidades e recursos específicos da personalidade, tais como:
• Autoconhecimento;
• Expansão da mente e da capacidade de pensar;
• Desenvolvimento e expansão das funções mentais;
• Desenvolvimento da personalidade e da identidade;
• Capacidade de estar só;
• Autonomia;
• Identidade;
• Aumento da capacidade empática;
• Aumento da capacidade de amar;
• Capacidade de construir relações mais genuínas, profundas, íntimas e gratificantes
• Serenidade;
• Maturidade;
• Aumento da capacidade de trabalhar;
• Criatividade;
• Autorrealização;
4) Qual a duração de uma consulta de Psicoterapia:
A psicoterapia não é um processo de resultados imediatos mas sim graduais sendo adaptada à medida de cada um.
Assim a sua duração dependerá de pessoa para pessoa. A sua frequência pode ser de 1 a 3 vezes por semana e as consultas duram habitualmente entre 45-50 minutos.
Ao longo das sessões e da evolução da psicoterapia o paciente começa a experienciar novas situações, novas emoções, novas facetas de si mesmo, novas formas de comportamento, novas posturas em relação a si mesmo e aos demais, bem como novas capacidades e competências, emocionais e relacionais.
Progressivamente, o paciente vai desenvolvendo um aumento da sua autoeficácia, ou seja, desenvolve uma maior convicção de ser capaz de lidar com os problemas que o fazem sofrer, o que o leva, consequentemente a um aumento da sua autoestima; a uma maior compreensão dos problemas que o afligem e da sua própria história de vida, que conduziu a esse mesmo sofrimento.
Essa compreensão, permite-lhe um aumento do seu bem-estar; o desaparecimento dos sintomas e a modificação dos seus padrões de funcionamento emocional e relacional, em suma, a modificação da sua estrutura de personalidade.
5) Qual a diferença entre Psicologia e Psicoterapia?
A diferença entre Psicologia e Psicoterapia são os estudos/formação do terapeuta, ou seja, Psicólogo Clínico é alguém que tem o curso superior de Psicologia e o mestrado integrado em Psicologia Clínica. O Psicoterapeuta, além dessa formação inicial, tem ainda uma especialização num Modelo Psicoterapêutico, que é uma formação Pós-graduada que pode durar entre 2 a 5 anos, dependendo do Modelo Psicoterapêutico em causa.
Além desta diferença, o psicoterapeuta está a fazer, ou já concluiu, o seu próprio processo psicoterapêutico e tem, ou teve, supervisão das consultas que dá, pelo menos durante 2 anos.
6) Sobre a Psicanálise Psicanalítica Relacional
A Psicoterapia Psicanalítica - oriunda da psicanálise enquanto teoria científica, método de investigação e modelo de psicoterapia - consiste num processo de transformação, de desenvolvimento e crescimento emocional, com o aumento do autoconhecimento.
Trata-se de um novo olhar sobre si próprio, com a diferença de ser a dois, e a vantagem de permitir a descoberta de novos ângulos e perspetivas sobre as dificuldades e as suas origens, o que é condição para que a pessoa se liberte dos seus efeitos.
O espaço terapêutico constitui o meio que vai possibilitar à pessoa, descobrir no presente novas formas de sentir, pensar e poder fazer face, por si própria, a esses ou outros problemas com que se depare, também no seu futuro.
A psicoterapia psicanalítica é uma relação onde a procura da verdade “por detrás das muralhas” é vivida de um modo novo, seguro e privilegiado, para libertar a pessoa de um sofrimento cujas causas/significados eram antes desconhecidos.
Esta liberdade surge com o aumento do conhecimento e da capacidade para pensar sobre si próprio, descobrindo-se com ela um eu mais espontâneo, criativo e verdadeiro, que estava em nós, como a futura árvore nas sementes, apenas em estado potencial.
A Psicoterapia Psicanalítica é a modalidade Psicoterapêutica mais eficaz na reestruturação em profundidade da personalidade.
A Psicoterapia Psicanalítica, para além de se constituir como um bom método preventivo, também é adequada ao tratamento da maioria das perturbações psicológicas, quer em crianças, jovens e adultos.
7) Qual a diferença entre Psicologia e Psiquiatria?
Antes de mais, um Psiquiatra é médico, enquanto o Psicólogo não o é.
Relativamente à intervenção, esta é distinta, sendo que na Psicologia se utilizam técnicas e instrumentos de avaliação apropriados, bem como, a intervenção que privilegia a relação terapêutica. O Psiquiatra, por sua vez, recorre à medicação, o Psicólogo não pode medicar.
O Psicólogo pode intervir em variadas problemáticas, quer de origem fisiológica, quer emocional. E, neste sentido, ambas as áreas poderão complementar-se cada uma com as respetivas técnicas e intervenções promovendo o restabelecimento emocional e psicológico do paciente.
Será também importante referir que qualquer pessoa poderá recorrer à Psicologia, mesmo que não possua uma perturbação psicológica, podendo simplesmente iniciar um processo terapêutico ao nível do seu autoconhecimento ou por alguma questão que tenha surgido na sua vida e tenha provocado um desequilíbrio emocional.
8) Quando devo levar o meu filho ao psicólogo?
Esta é uma questão que pode surgir aos pais quando algo os preocupa em relação ao seu filho, seja porque o seu comportamento se alterou, porque está com dificuldades na escola, porque a criança (ou mesmo a família) está a passar por uma fase mais difícil, podendo os motivos ser muitos e diferentes.
Uma forma de ponderar sobre se será o momento de procurar um psicólogo poderá ser tendo em conta três aspetos: a intensidade, a frequência e a duração das manifestações comportamentais.
São comportamentos tão intensos que estão a prejudicar o dia-a-dia do seu filho (e da família)? Acontecem de uma forma mais frequente daquela que acontecem com as outras crianças da mesma idade? Já duram há algum tempo? A resposta afirmativa a estas questões poderá ser um indicador de que é a altura de procurar apoio.
9) Como explicar às crianças quem é o Psicólogo:
Explicar à criança que terá consultas com um psicólogo deverá ser encarado com a naturalidade com que se encara qualquer outra consulta, em que a criança é informada momentos antes ou de véspera da consulta, mas não com demasiada antecedência. Explique de forma simples, honesta e sem ansiedade.
Deve explicar ao seu filho, na véspera da consulta, que amanhã irão ao psicólogo para que este o ajude a ultrapassar algumas dificuldades que ele possa estar a sentir. Pode dar alguns exemplos: há crianças que estão sempre zangadas com as outras crianças; outras que não emprestam nada aos outros; outras que choram muitas vezes porque se sentem tristes; outras que têm muita vergonha de estar com os outros meninos; etc. E uma vez que estes problemas incomodam as crianças, elas precisam de uma ajuda especial. E quem dá esta ajuda especial são os psicólogos.
É possível que a criança pergunte quem é o psicólogo. Deve-se dizer o nome e explicar às crianças que os psicólogos são diferentes dos professores ou dos médicos. Nas consultas de psicologia, a criança poderá brincar, fazer desenhos e conversar sobre tudo o que quiser com o psicólogo.
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